Valorizo iniciar o ano exaltando as belezas e verdades da meta do Yoga que é a meta de todas as tradições de auto conhecimento/desenvolvimento e tem vários nomes como: Felicidade, Bem aventurança, Liberdade de todos aprisionamentos egóicos, Estado de pura iluminação, Nirvana, enfim.
Na cultura do Yoga tem duas palavras mais comuns associadas com a meta: Moksha e Samadhi. Das quais prefiro, Moksha, por dar direcionamento para o que o praticante deve se prontificar na prática: Liberação, liberação de todo o aprendizado da fase de desenvolvimento em que se aprende a querer receber mais do que doar. Liberação de tudo que não é Yoga. Liberação das prisões geradas pelo egocentrismo que é o oposto de colocar o grande permeador maior, no centro de tudo.
Samadhi, que tem tradução mais difundida como Iluminação, já é uma palavras associada a um atributo da meta e não do que o praticante deve fazer para alcançá-la. Tem como ponto forte inspirar o praticante alimentando seu estado de integração que só a luz pode fazer. A luz do corpo sutil alimentada pela luz do Sol e Deus.
Porém, Moksha inspira mais o processo de olharmos para uma meta e nos direcionarmos para o meio, a estratégia, o caminho para lá chegar. E para nos liberarmos do que não é Yoga é importante desenvolver o primeiro passo dessa caminhada. A primeira virtude do aspirante do Yoga. Daquele que aspira a meta com a sinceridade de quem conhece ela e seus obstáculos: Diferenciar o estado de Yoga de não-Yoga.
Alguns traduzem essa diferenciação como Viveka, também traduzido como capacidade de Discernir o que é do que não é. As vezes, tem sua compreensão distorcida por alguns como discernimento para acúmulo de conhecimento de forma geral e não de forma objetiva associado com a diferenciação da qual estamos falando.
Valorizo tres formas para adquirir essa habilidade de diferenciair o que é do que não é.
1) Através da experiência de proximidade com o estado de Yoga que traga sensações que nem sempre conseguem ser sustentadas no cotidiano. Ou seja, a oscilação entre o estado de Yoga e não-Yoga. Aquela sensação que quando você para de praticar depois de um tempo, toma consciência de aquele lugar que você está ficando é distante de algo melhor e te leva a retomar a prática com mais consciência do que é ou não é Yoga em você.
2) Através do conhecimento: Existem 10 atributos do estado de Yoga que o caracterizam e são indicados por um deseus mais conhecidos codificadores como prescrições comportamentais para que eu praticando vá se sintonizando com a verdade do estado. Eles são conhecidos como Yamas e Nyamas.
Alguns atributos físicos como odor, textura de pele, língua, brilhos nos olhos, cabelo, postura, sono tranquilo, libido, capacidade de concentração, relacionamentos e outros elementos também podem ser um bom guia, porém, como envolvem elementos externos que podem ser manipulados prefiro não exaltá-los, apesar de lembrar deles com essa citação.
Conhecendo esse 10 atributos e seus opostos, pode-se através do estado de auto observação, identificar mais rapidamento o que é ou não Yoga dentro de você, se liberando do que não é como a meta Moskha inspira.
Nas primeiras práticas e workshop desse ano, vamos aprofundar essa auto observação e consciência.Quando internalizei essa compreensão ela me conduziu a um estado de tanta felicidade que me inspirou para compor um samba que pode ser escutado no link abaixo.
https://soundcloud.com/essenciais/samba-da-felicidade-demo
Mais info: murillotrevisan@gmail.com
Consciência e alegrias!
(((_/\_))) Namaste
