sábado, 21 de maio de 2011

Data para o próximo Workshop 18/06

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sábado, 14 de maio de 2011

Que tipos de Yoga você faz?

Por trás desses estilos de Yoga abaixo estão 10 atributos que caracterizam o apego do praticante ao estado de Não Yoga ( Asat) ou entrega ao estado de Yoga ( Sat).

Estaremos aprofundando essa reflexão em uma vivência especial no próximo Workshop. Por enquanto, reflita você mesmo. :

1) Yoga Control ( Também conhecido como Yoga Destroy) ou Yoga Flow ...
Você ainda gosta de controlar sua respiração de forma forçada fazendo caretas tensas de assutar o professor, da soquinhos com o corpo para chegar ao final das posturas ou você já compreendeu e consegue praticar a fluidez da sincronização de respiração e movimento na prática?

2) Lie Yoga ou Satya ( verdade) Yoga

Você ainda realiza as técnicas com cara de quem está concentrado ( abrindo só um olho de vez em quando) mas sem o coração na prática ou já honra sua presença na sala tecendo cada ato com a energia da sua respiração e percdebendo os intervalos entre a respiração e a exalação?

3) Yoga Compar ou Own Yoga

Você ainda fica olhando para tentar imitar o colega do lado se sentindo pior ou melhor por ele realizar umapostura dierente de você ou realiza a prática para você entendendo sua individualidade e respeitando seus limites e etapas do processo?

4) Sensual Yoga ou Extase Yoga

Você realiza a pratica para desenvolver o poder da sedução ou simplesmente se anestesiar com o prazer que ela trás ou direciona seu foco para realizar cada técnica com prazer de sentir cada vez mais sua energia e o êxtase da entrega a si mesmo e das liberações dos apegos e sofrimentos

5) Close Yoga ou Yoga Giver

Você cruza as pernas e os braços no relaxamento, tem dificuldade de abrir as mãos, o peito e doar sua energia na prática fazendo-a somente para si ou direciona seus esforços sabendo que cada liberação de um apego a ASAT que você realiza está melhorando a qualidade de todas as suas relações?

6) Mirror Yoga ou Saucha(Purificação) Yoga

Você vai para prática para se olhar no espelho e valorizar o estado em que você se encontra ou tem a humildade e consciência de se abrir para transformação e purificação?

7) Ira Yoga ou Santosha ( Aceitação) Yoga

Você fica xingando e reclamando de si mesmo toda uma prática, quando percebe uma limitação de sua flexibilidade, força ou capacidade de concentração ou aceita rapidamente se colocando passo a passo para sua transformação?

8) Down Yoga ou Fire Yoga

Você vai para aula de Yoga achando que vai relaxar sem fazer nenhum esforço, para afirmar e a beatitude de sua preguiça ou dá o seu melhor na saudação ao sol, pratica os bandhas ( contração pélvica e succção abdominal) e se mantém com determinação e disciplina na prática?

9) Lalala Yoga ou Self Yoga

Você vai para aula de Yoga sem o mínimo de curiosidade para se conhecer, faz aquele monte de técnicas que te chamam para uma auto observação para aparecer para alguém e ainda fica analisando o colega do lado ou já percebeu a vibração que a prática cria te convidando a olhar para si?

10) My Yoga ou Yoga Devotion

Você faz a prática pensando só em você ou lembra queo desenvolvimento humano e expansão de consciencia que a prática inspira ajudará todas as suas relações?

No artigo abaixo, citei de forma mais direta os 10 princípios que ajudam o praticante a diferenciar o estado de Yoga do estado inicial.

No próximo Workshop estaremos criando toda atmosfera necessária para você internalizar essse primeiro princípio para iniciar de verdade na prática de Yoga.

Namaste! Jay!

Para o próximo Workshop


INICIANDO A PRÁTICA: Diferenciando o estado de Yoga do estado inicial do aspirante



reflexão reeditada em memória do dia que consagrei essa compreensão 15/02/08 Rishikesh/Índia – 2.edição ( 14/05/11)


IMPORTÂNCIA



No momento em que escrevi o título desse artigo me lembrei de todas as experiências maravilhosas que tive com a prática de Yoga sem ter o discernimento que pretendo expor como pré-requisito para o início da prática.



Porém, mesmo assim, acredito que esse discernimento que vou chamar de Viveka, deveria sim, ser o primeiro passo de todo aspirante da prática de Yoga que utiliza o corpo como veículo, por três motivos:



1) DIREÇÃO : O que é um buscador se não sabe qual é sua meta?



2) ABERTURA PARA TRANSFORMAÇÃO: Quanto maior o discernimento entre a meta e o estado atual, maior a abertura e o dinamismo para a transformação.



Sabe aquele asana que está todo travado naquele dia, quando você reconhece que aquele não é seu estado natural você se abre para transformação ao invés de aceitar o novo condicionamento.



3) OBJETIVIDADE PARA TRANSFORMAR E SUSTENTAR O ESTADO NOVO: Quanto maior o discernimento entre a meta e o estado atual, maior a objetividade para transformar o estado inicial e zelar pelo estado novo.



Sabe aquilo que acontece logo depois da prática de Yoga e que te tira do estado que você construiu na prática... é hora do desafio de sustentar.



Esses dias fiz uma prática com bastante atenção a esse princípio e renovei a minha compreensão de que o efeito da prática é diretamente proporcional a capacidade de realizar a diferenciação citada no título e mais, a abertura para o desapego de hábito e visões ilusórias na meditação e relaxamento.



O IMPULSO NATURAL PARA O INÍCIO



Normalmente as pessoas são levadas ao Yoga por um anseio inconsciente pela meta. Só para economizar palavras podemos chamar esse anseio de dukha, se preferir.



Quando ela adquire a consciencia da meta, esse anseio passa ser direcionado e podemos chamá-lo então de mumukshutva.



A falta dessa consciencia, não significa que a prática não ocorra ou não traga seus benefícios, mas ela pode se tornar nociva e infértil em muitos casos. Por isso, atenção, não jogue essa compreensão fora.



FORMAS DE EXPRESSAR O DISCERNIMENTO ENTRE A META E O ESTADO INICIAL DO ASPIRANTE



Discernimento é algo muito abrangente, mas aqui estou falando de um discernimento extremamente objetivo, que diferencia a meta do Yoga, do estado em que os aspirantes do Yoga se encontram.



Existem várias formas de expressar esses dois estados. Estados de consciencia do puro altruísmo e do egoísmo ( altruísmo impuro). Do Ser em Yoga e do ser fora do estado de Yoga.



Um nome bastante comum dado para a meta do Yoga é Samadhi, traduzido muitas vezes como liberdade. Considero arriscada essa tradução. Prefiro a tradução de liberação dos apegos ilusórios. Desde os apegos ilusórios impressos na estrutura ósseo muscular, passando pelos hormonais e acima de tudo comportamentais.



Para facilitar a identificação vamos chamar de Sat a meta do Yoga, ou seja, o estado de verdade no Yoga e de Asat os estado de verdade parcial, do ser fora do estado de Yoga.



Simplificando Viveka é diferenciar Sat de Asat. Estado de Yoga do Estado de Não–Yoga.



Como o próprio nome diz, a prática de Yoga pode proporcionar a experiência do estado de Yoga, porém, isso é mais acessível quando existe sincera abertura para que isso aconteça.



Que abertura é essa? O que precisamos para irmos de um estado de consciência para outro? Sincera vontade de nos transformarmos. Nos desapegarmos de um estado e permitirmos o outro.



Esse é o foco. Essa vontade de transformação. Que é diretamente proporcional a viveka, ou seja, o discernimento entre Sat e Asat, a meta e o estado inicial do aspirante.



Mas como alcançarmos e internalizarmos esse discernimento?



DOIS CAMINHOS PARA O DISCERNIMENTO



Dois processos se completam no alcance desse discernimento.



(1) A experiência sensorial do estado da meta do Yoga e seu estado atual (2) complementada com o conhecimento necessário para identificar o estado de Asat e Sat, na auto observação.



Essa reflexão aqui aberta contribui com foco para o conhecimento necessário, já que a experiência sensorial é mais fácil de ser experienciada na prática.



Assim, falaremos sobre o que define os estados de Asat e Sat abordando como Sat os conhecidos Yamas e Nyamas, 10 matrizes comportamentais sugeridas pela referencia clássica de Patanjali como primeiro passo na prática. Em paralelo analisaremos Asat os opostos.



Falaremos também de Asat, a abordagem dos opostos, que nos traz um princípio importante: A necessidade de se olhar para o estado atual. Talvez alguns seres humanos mais evoluídos não precisem, mas ouso dizer que a grande maioria precisa olhar para os opostos, entender sua egocentricidade interna, para se abrir a essa transformação.





DEFININDO O ESTADO DE YOGA E O ESTADO INICIAL DO ASPIRANTE



Os opostos dos Yamas e Nyamas, no meu conhecimento não são objetivamente abordados na literatura do Yoga e no meu caso foram aprofundados com uma pesquisa em um grupo de estudos com diversos pensadores do comportamento humano que é universal e não está só no Yoga.



1) Avidez; esforço para a constante necessidade de se ocupar com a obtenção de algo, alimento, conhecimento, informação em geral e bloquear a capacidade de se sentir, também conhecido como gula, seu oposto é a fluidez, a espontaneidade, o não esforço, ahimsa.



2) Mentira; a diferença entre o que se pensa, sente e faz, seu oposto é satya a integridade absoluta.



3) Inveja: o desejo de se desviar de quem realmente é, desejando ser o outro, seu oposto é asteya não roubar nada de fora, dignidade, caráter.



4) Luxúria; uso da energia do prazer para amortecer alguma inaceitação, manipular os outros e reforçar a identidade irreal pelas sensações de prazer, seu oposto é bramacharyan; o uso consciente prazer para êxtase de se conhecer no altruísmo.



5) Avareza; a retenção de energia pelo medo da escassez e da transformação, seu oposto é aparigharya, constante desapego e vontade de doar e coragem para transformar-se.



6) Vaidade; a exaltação da dissonância de uma imagem em relação a verdade do ser, seu oposto é Saucha, a purificação da imagem irreal.



7) Ira; a incapacidade de aceitar uma reação do universo sobre alguma ação, seu oposto é santosha, aceitação.



8) Preguiça; a entrega à descrença e a desesperança do Ser real, seu oposto é Tapas constante entuasiasmo.



9) Medo; a paralisia ou adrenalina vinda do bloqueio para enxergar além da personalidade, seu oposto é a coragem e aplicação do auto estudo constante, svadhyaya.



10) Orgulho; o direcionamento de todas ações para benefício próprio. Seu oposto é isvara, o direcionamento ao todo maior.





EXPERIENCIANDO SAT E ASAT



Importante ressaltar que a compreensão intelectual desses opostos ajuda muito, mas não é suficiente. O aspirante deve realizar vivências práticas de auto observação que ajudem ele a constatar esses comportamentos e suas negatividades em si.



Sugiro como vivência inicial a prática do mantra Asato maa por 27 vezes para cada um dos elementos abordados e seus opostos.

No meu caso, isso exigiu 6 meses de estudos focados e a presença de alguém que atravessou esses obstáculos. O psicólogo e instrutor de Yoga Janderson Fernandes, que atingiu a meta com auxílio do mestre Sri Hans Maharagi se expressando como Sachcha Prem Baba.







O conhecimento transmitido oralmente por um mestre, carrega junto a energia contida em cada significado e quando ouvi sobre esse princípio de diferenciação em estado meditativo, fui inspirado para uma série de canções, entre elas compartilho a letra abaixo:



FELICIDADE





Feeelicidade

A suma meta do ser

A ti contemplar

O bem e o mal compreender



És fluir livre

De espontâneos instantes

Num respirar

Testemunho e dançante



É satya verdade

Sem nenhum personagem

Eterna e brilhante

De ouro sem quilate



REFRÃO



És o respeito

Com o que é do outro

És o maior prazer

Todo momento Ser



És desapego

Do ego e todo errante

A correção

Dos carrosséis separantes



REFRÃO



És o calor

Vontade pura e devota

Aceita o momento

Olha pra dentro sem volta



Yamas Nyamas

Conduta que te faz santa

Dharma a lei

Bom karma agir por seu campo



REFRÃO



És o Eu Sou

O Samadhi o Yoga

Real natureza

Cor do espírito santo



És sem palavras

Num sorriso infinito

Na sua abundância

Versos só nos inspiram



REFRÃO



Murillo - 04/06/07



Nos 6 meses de estudo, 10 semanas foram dedicadas com foco para a auto observação de cada um dos opostos dos Yamas e Nyamas, utilizando algumas dietas, jejuns de disciplina e dinâmicas especiais para fortalecer o foco.



Todo início de ano e sempre que solicitado, estarei facilitando essa vivencias em workshops.



INICIAÇÃO CONSCIENTE APÓS O DISCERNIMENTO





Quando adquirimos Viveka, podemos iniciar com consciencia a caminhada com o Yoga e se na canção acima tive um vislumbre do que é Sat, foi reconhecendo o que é Asat, no dia 09/11/2007 que completei o que considero o conhecimento necessário para iniciarmos a prática de Yoga, Viveka.





Não me arrisco colocar em palavras esse momento, mas minha consciencia me fez me redimir, caí em lágrimas de desolação do tempo que demorei para enxergar esse apego e na mesma hora percebendo a quantidade de pessoas que também estavam inconsciente desse apego no mundo fui tocado para fazer um pedido muito sincero:



“Lembre todos do egoísmo, para podermos começar

Lembre todos do egoísmo, para poder no libertar”

( minutos antes da foto ao lado que está fundida com foto do dia

que consagrei essa compreensão)



Ou seja, só reconhecendo o egoísmo; Asat, que podemos começar. E reconhecemos ele para podermos nos libertar do apego a ele.



Do contrário você não estará praticando pelo Yoga.



CONSAGRAÇÃO PESSOAL DO DISCERNIMENTO INICIAL



Junto com essa compreensão veio também a valorização da força do conhecimento transmitido por um mestre e para não esquecer, resolvi consagrar esse início na Índia, com algumas práticas de purificação e um simples rito tradicional de iniciação sobre as graças de Sri Hans Maharagi acompanhado por Sachcha Prem Baba a quem sou eternamente grato a começar por esse discernimento necessário para iniciar a prática de Yoga de forma consciente.



De lá para cá, procuro zelar pelo voto dessa consciencia sempre que inicio e instruo minhas práticas de Yoga para me purificar. E todo começo de ano lembro desse princípio com mais profundidade porque ele é o sentido da prática e da vida, transcender o egoísmo.



Ano passado, aprofundei as influencias da falta desse discernimento na formação de toda nossa cultura, percebendo a importância do mesmo.



Aspiro que todos os seres possam ter essa compreensão universal.





Namaste((_/\_))

Murillo

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Como foi o Workshop de Saudação ao sol






Fiquei muito contente com o rendimento de nosso dia no 2- Workshop de Saudação ao Sol em Itatiba.

Primeiro de tudo, só o fato de ver pessoas buscando consciencia do que estão praticando ou começando a praticar já é um bom motivo para satisfação.

Nunca esqueço que só depois de 9 anos praticando fui fazer um curso e percebi quanta coisa o instrutor não tinha tempo de falar numa aula padrão da semana e como se economiza tempo no Yoga aliando teoria e prática na sala de aula.

Em uma das atividades fizemos um exercício de auto observação sobre a Saudação ao Sol e recebi cada descrição primorosa que transbordou a sensação de dever cumprido.

Compartilho uma descrição abaixo, espero todos no próximo Workshop dia 21/05.


RE)NASCENDO...



Buscar-me em mim


Inspiração


Encontrar-me no fundo de mim


Exalação


Sentar-me em mim


Inspiração


Reverenciar-me a mim


Exalação


Saltar-me de mim para trás


Inspiração


Elevar-me em arco em mim


Exalação


Escutar-me subindo de mim


Inspiração


Mergulhar-me em mim


Exalação


Sustentar-me a mim


Inspiração


Arquear-me mais uma vez


Exalação


Projetar-me à frente e procurar-me no Céu, Altiva

Inspiração


Juntar-me a mim

INSPIRAÇÃO...

Olhar-me

Respirar...

Levantar-me

Respirar...

Agradecer-me

Respirar...

Encontrar-me

ENFIM...

A.C.
Namaste